As investigadoras e os investigadores da 7ª edição do Teste Público de Segurança da Urna (TPS) encerraram suas atividades no dia 1º de dezembro com a execução de 35 estratégias de invasão e a apresentação, à Comissão Avaliadora, de sete pontos de possíveis melhorias no sistema da urna eletrônica ou nos sistemas correlatos.
Ao todo, foram executados 31 planos previstos inicialmente e mais quatro propostas aprovadas ao longo da semana do evento. A previsão é que o resultado final da análise dos testes seja divulgado nesta sexta (15).
Caso seja comprovada a necessidade de implementação de algum ponto de melhoria, os participantes envolvidos voltarão ao TSE, de 15 a 17 de maio de 2024, para reproduzir os testes realizados durante o evento em uma nova versão do sistema eleitoral que contemple as devidas correções, com o intuito de avaliar o aperfeiçoamento adotado. Segundo o edital do Teste da Urna 2023, a divulgação do resultado final do Teste de Confirmação do TPS está prevista para 30 de maio do ano que vem.
Ao lado dos coordenadores das quatro Comissões do TPS, o diretor-geral do Tribunal, Rogério Galloro, apresentou dados que comprovam que o evento de 2023 registrou vários recordes. De acordo com Galloro, foram 85 pré-inscritos no Teste da Urna, o maior número de todos os anos. Ainda na etapa de pré-inscrição, foram 48 planos apresentados.
Após a fase recursal das pré-inscrições, 40 investigadores foram aprovados. Destes, quatro desistiram e outros três não compareceram ao evento. A participação feminina foi outro marco desta edição: do total de 33 participantes que efetivamente executaram seus planos, seis foram mulheres, sendo duas investigadoras individuais e quatro que atuaram em equipes. A edição de 2021 teve duas mulheres. Em 2019, nenhuma mulher esteve entre as pessoas participantes do Teste.
Durante a execução das tentativas deste ano, a Comissão Avaliadora recebeu 178 pedidos dos investigadores referentes a equipamentos, acessórios ou auxílio técnico para execução dos trabalhos. Deste total, 172 requerimentos foram deferidos ou deferidos com ressalva pelos avaliadores.
Importância para a democracia
Ao encerrar o evento, no dia 1º de dezembro, o diretor-geral do TSE destacou a importância da realização do Teste da Urna para a sociedade e a democracia. “É uma iniciativa fundamental do TSE para o aprimoramento da nossa capacidade de transparência e de realização de uma eleição capaz de transportar a vontade do eleitor com confiança e credibilidade”, declarou. Sobre a participação das investigadoras e dos investigadores, além dos servidores e do apoio técnico, ele afirmou que é “um ato de demonstração de amor ao país e ao sistema eleitoral”.
Além de Galloro, também compuseram a mesa de encerramento do evento os coordenadores das quatro Comissões: Thiago Fini Kanashiro, da Organizadora; Júlio Valente, da Reguladora; Osvaldo Catsumi, da Avaliadora; e Giselly Siqueira, da Comissão de Comunicação Institucional.
Caráter democrático
O secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Júlio Valente, classificou o Teste da Urna como um dos eventos mais importantes do ciclo eleitoral, pois é o momento em que o Tribunal abre as portas para que especialistas de todo o país avaliem a segurança dos equipamentos utilizados nas eleições. Ele ressaltou, ainda, o caráter democrático da testagem: qualquer brasileira ou brasileiro acima de 18 anos pode se inscrever para participar e executar planos de testes às urnas eletrônicas.
São submetidos à ação dos investigadores sempre os modelos mais recentes do equipamento. Em 2023, as inscritas e os inscritos puderam testar os modelos 2020, com estreia no último pleito geral, e o 2022, que será usado pela primeira vez nas Eleições Municipais de 2024. “Foi um evento muito proveitoso. Nós identificamos algumas oportunidades de melhoria, vamos trabalhar agora em cima delas e vamos chamar os investigadores que contribuíram para retornar ao TSE no Teste de Confirmação”, explicou.
CA/LC, DM