Norte Fluminense fecha 2022 com saldo de 17,6 mil empregos gerados

O estado do Rio de Janeiro gerou 194.869 empregos em 2022, com destaque para o setor de serviços com 66.08% de participação

Foi divulgado nesta terça-feira, (31), os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) relativos ao mês de dezembro de 2022, o que possibilitou análise geral do último ano. No Norte Fluminense (NF), no acumulado de 2022 (de janeiro a dezembro), a região fechou o ano com saldo de 17,6 mil vagas de emprego geradas, segundo análise do professor doutor da Uenf, economista e diretor do Núcleo de Pesquisa Econômica do Rio de Janeiro (Nuperj), Alcimar das Chagas.

“Desse total (de 17,6 mil empregos gerados), Macaé teve uma participação da metade. Gerou 50% do total. Campos gerou 25%, São João da Barra gerou 16% e São Francisco do Itabapoana gerou 6%. São Francisco continua como um município importante na geração de emprego da região Norte Fluminense, fruto do setor agropecuário. No município de Campos, os 25% tem uma participação muito grande no setor de serviços. São João da Barra está focado na construção civil e Macaé é mais diversificado. Macaé tem atividade industrial, construção civil e de serviços, tendo maior diversificação, o que é importante”, explicou o economista.

Análises da Prefeitura de Campos apontam resultado positivo do município, que fechou 2022 com 76.470 trabalhadores com carteira assinada. O saldo foi de 4.427 novas vagas de trabalho formal, enquanto em 2021 foram registradas 3.364 vagas.

Dezembro de 2022 teve queda em relação a novembro

Alcimar explica que, apesar do saldo total positivo de 2022, na região Norte Fluminense, em dezembro, municípios da região deram uma desacelerada se comparado ao mês de novembro, o que significou uma queda de vagas de empregos em quase 70%, de um mês para outro.

“O que a gente pôde observar é que houve uma desaceleração do emprego em dezembro com relação a novembro. Normalmente espera-se que em dezembro a coisa melhore, até por conta da proximidade das festas, Natal. Mas não aconteceu. Houve essa queda que representou quase 70% em dezembro, com relação a novembro na região Norte Fluminense”, destacou Alcimar pontuando que, apesar da desaceleração no mês de dezembro, ele considera regular a análise anual dos municípios que mais se destacaram neste cenário:

“Quando você fecha o ano, de 2022, o ano cheio, você vai ver o seguinte: apesar da desaceleração em dezembro, o ano foi bastante razoável para Campos, São João da Barra e São Francisco em relação a 2021. Campos, por exemplo, gerou 4.427 empregos em 2022, contra 3.364 empregos em 2021 (um crescimento de cerca de 32% na geração de empregos em 2022 com base em 2021). Em 2020, por exemplo, esse saldo foi negativo de -1.266 empregos. Foi no momento mais forte da pandemia”, justifica.

Na análise anual relativa aos dados do Caged, São Francisco do Itabapoana também teve um crescimento em 2022, cresceu 155%: de 1.049 vagas criadas em 2022, contra um saldo de 411 vagas criadas em 2021. Em 2020, apresentou saldo negativo.

Alcimar também cita São João da Barra. “São João da Barra também foi muito bom. Neste período em que esteve envolvido na construção civil, gerou, em 2022, 2.789 vagas contra 112 vagas em 2021. Em 2020 São João da Barra eliminou (-) 2.840 empregos, numa época forte da pandemia” analisou.

Já com relação a Macaé, ele pontua a retração observada no ano de 2022, se comparado a 2021.

“Macaé, em 2022, teve uma retração. Em 2021, gerou 11.814 vagas. Em 2022 isso caiu 25%: caiu para 8.793 vagas. Macaé deu uma desacelerada em 2022. Isso por conta da carência de investimento no setor de petróleo. Macaé apesar de estar evoluindo, o investimento tem sido abaixo do esperado. Agora, mesmo assim, Macaé apesar da queda em 2022, em comparação a 2021, tem a estrutura de emprego mais diversificada porque tem emprego na indústria, na construção civil e no comércio” declarou.

Análise em Campos

O diretor de Indicadores Econômicos e Sociais da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo, o economista Ranulfo Vidigal, destacou -em material publicado pela Prefeitura de Campos- que o setor da Construção Civil foi o que mais cresceu em termos de empregabilidade.

“Tivemos 618 vagas líquidas no setor em 2022; mas, nos anos anteriores, o saldo era sempre negativo, o saldo era de desemprego. Hoje, temos uma política agressiva de investimentos em infraestrutura e o obras que já impactaram positivamente no Caged de 2022 e que terá um resultado ainda mais expressivo em 2023, de acordo com estimativas baseadas em ordens de serviços liberadas, licitações iniciadas ou a serem lançadas. Há todo um conjunto de ações do poder público que, somado ao da inciativa privada, com certeza vai continuar impactando positivamente o mercado de trabalho em Campos”, explicou Ranulfo.

O economista Ranulfo Vidigal, confirma que o setor de Serviços em Campos foi o destaque do Caged, com a criação de 2.900 empregos. “Empresas privadas, por meio do Espaço da Oportunidade, da Prefeitura, disponibilizaram 1.354 vagas, com a grande maioria dos candidatos contratados pelo Balcão de Empregos, ano passado. No Espaço, são ofertados cursos de capacitação, orientação para um bom desempenho em entrevistas e preparação de currículos. Tudo isso mostra a preocupação do governo Wladimir com a empregabilidade e como essa preocupação é traduzida em oportunidades de trabalho”.

Ranulfo Vidigal complementa. “Em 2022, foram 105 empregos formais no setor Agropecuário; mas, com os investimentos públicos associados aos privados, a previsão é de colher, na safra deste ano, 2,1 milhões de toneladas, com a geração de cinco mil empregos diretos”, conclui o diretor.

Estado e União

Segundo dados levantados pelo Nuperj, o estado do Rio de Janeiro gerou 194.869 de emprego em 2022, com destaque para o setor de serviços com 66.08% de participação – isso representou em torno de 9,56%  do total no país. Já o Brasil gerou 2.037.982 vagas de emprego no ano participação de 57,73% do setor de serviços.

Caged

Os número dos Cadastro Geral de Empregados e Desempregados são um instrumento de acompanhamento e fiscalização sobre admissão e de dispensa de trabalhadores regidos pela CLT, divulgados através do Ministério do Trabalho e Previdência.

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Fonte
JORNAL TERCEIRA VIA

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