Palestra da professora Kay Pranis.
A Coordenadoria da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça de São Paulo realizou, na segunda-feira (30), em parceria com o grupo gestor de Justiça Restaurativa do TJSP, a Pró-Reitoria de Cultura e Relações Comunitárias da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), o Centro de Direitos Humanos e Educação Popular, o Instituto Palas Athena e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), palestra “Círculos Restaurativos para Reconciliação e Construção de Paz”. O evento, no espaço da universidade, contou com a presença da professora e escritora Kay Pranis.
A mesa de honra foi composta pela reitora PUC-SP, em exercício, Angela Brambilla Lessa; pelo coordenador e pela vice-coordenadora da CIJ, desembargadores Reinaldo Cintra Torres de Carvalho e Gilda Cerqueira Alves Barbosa Amaral Diodatti; pela professora e cofundadora do Instituto Palas Athena, Lia Diskin; e pelo integrante da CIJ e do comitê gestor de Justiça Restaurativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), juiz Egberto de Almeida Penido.
Na abertura a reitora Angela Brambilla Lessa frisou a importância do evento em um momento de tantos conflitos e desencontros vividos atualmente. Antes da palestra, o desembargador Reinaldo Cintra Torres de Carvalho destacou que, atualmente, é fundamental “ter uma visão pacífica, uma visão onde somos todos pessoas iguais. Não existe nós e eles, existe nós. A Justiça Restaurativa é fundamental e é preciso que acabemos com as diferenças”, apontou o magistrado. A desembargadora Gilda Cerqueira Alves Barbosa Amaral Diodatti também ressaltou a importância da temática: “Nós trabalhamos com os conflitos e, ao invés de solucioná-los, queremos preveni-los para construir uma sociedade mais pacífica”.
A professora Lia Diskin salientou o papel da palestrante convidada na difusão da Justiça Restaurativa em todo o mundo. “Os processos circulares, longe das questões teóricas, permitem que o humano emerja e, a partir disso, haja o reconhecimento do seu destino comum. Somos todos irmãos”, apontou. Já o juiz Egberto de Almeida Penido asseverou que, em sua visão, a “Justiça Restaurativa dialoga diretamente com a cultura de paz e de não violência”, antes de ressaltar a importância da palestrante para o tema no Brasil.
A professora e escritora Kay Pranis falou que foi no Brasil que aprendeu sobre a cultura de paz. Ela apresentou as chaves que considera fundamentais para a construção da paz e suas experiências com os processos circulares que ajudam a construir uma paz sustentável baseada na Justiça. “Existe essa conexão entre Justiça social e a construção da paz. Não existe paz sem Justiça. Não há paz real se ela não incorporar a Justiça social. São inseparáveis.” A palestrante esclareceu que os ciclos restaurativos têm o poder de contribuir para redistribuir o poder, já que, para ter Justiça social, ele não pode estar concentrado. “O ciclo tem a capacidade de trazer à tona a responsabilidade coletiva e individual na construção de problemas. Cada um analisa seu papel e o da sociedade em cada uma das situações e, a partir daí, é pensada uma solução”, apontou a palestrante, que explicou a forma de funcionamento dos ciclos e sua importância.
Ao final, Kay Pranis destacou que sua experiência na participação com os ciclos é de que há uma esperança e um caminho a seguir mesmo nesse mundo cheio de conflitos no qual vivemos. “Repetidamente, dentro dos ciclos, vi pessoas superarem a hostilidade e a polarização ao vivenciarem a humanidade que elas têm em comum.”
Também acompanharam o evento os pró-reitores da PUC-SP, Lila Pupo (Educação Continuada), Marcio Alves da Fonseca (Pós-Graduação) e Mônica de Melo (Cultura e Relações Comunitárias).
Confira o evento na íntegra.
Comunicação Social TJSP – GC (texto) / KS (reprodução e arte)
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