Justiça condena mais um envolvido no caso da bomba próxima ao Aeroporto de Brasília

O Juiz da 8ª Vara Criminal de Brasília condenou, nesta quarta-feira, 17/8, mais um envolvido no caso da bomba colocada em caminhão de combustível próximo ao Aeroporto de Brasília. Wellington Macedo de Souza teve o processo desmembrado em relação aos outros dois acusados e agora foi condenado a seis anos de prisão, em regime inicial fechado, e multa. Os demais envolvidos, George Washington de Oliveira Sousa e Alan Diego dos Santos Rodrigues, já tinham sido condenados, respectivamente, a nove anos e quatro meses de prisão e cinco anos e quatro meses, ambos também em regime inicial fechado.

Assim como os demais envolvidos no caso, Wellington de Souza também foi condenado por expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outro, mediante colocação de dinamite ou de substância de efeitos análogos em um caminhão-tanque carregado de combustível, bem como causar incêndio em combustível ou inflamáve(art. 251, “caput”, e § 2º, c/c art. 250, § 1º, II, “f”, ambos do Código Penal).

O acusado está foragido desde 5 de janeiro de 2023, data em que foi decretada a sua prisão preventiva. De acordo com o Juiz, no dia seguinte ao fato, Wellington rompeu a tornozeleira eletrônica e, desde então, seu paradeiro é desconhecido. “Não há fato novo que justifique a revogação do decreto prisional, até porque as circunstâncias do fato indicam periculosidade concreta, presentes, ainda, a necessidade de preservar a ordem pública e assegurar a aplicação da lei penal, mantenho a prisão preventiva“, declarou o magistrado.

De acordo com a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT), George Washington de Oliveira Sousa, Alan Diego dos Santos Rodrigues e Wellington Macedo de Souza, se encontraram durante as manifestações contrárias ao resultado das eleições presidenciais, em frente ao Quartel General do Exército em Brasília/DF, oportunidade em que decidiram se unir para praticar delitos. O objetivo dos denunciados, segundo o MPDFT, era cometer infrações penais que pudessem causar comoção social a fim de que houvesse intervenção militar e decretação de Estado de Sítio.

Para tanto, George transportou, no dia 12 de novembro de 2022, em um automóvel, da sua cidade natal no Pará até Brasília/DF, diversas armas de fogo, acessórios e munições com o propósito de distribuir os armamentos a indivíduos dispostos a usá-los no cumprimento de seu intuito, garantir distúrbios sociais e evitar a propagação do que ele denomina como comunismo. Na viagem, George ainda trouxe dinamites. Em Brasília/DF, em frente ao Quartel General, em 23 de dezembro de 2022, George, Alan e Wellington e outros manifestantes não identificados elaboraram o plano de utilização de artefato explosivo para detonação em lugares públicos.

Em seguida, em comunhão de esforços, George montou e entregou o artefato explosivo a Alan, que, por sua vez, repassou-o a Wellington para o cumprimento da ação delitiva. Assim, este último e outro indivíduo não identificado, deslocaram-se até o Aeroporto de Brasília e colocaram a bomba no eixo traseiro de um caminhão-tanque que estava estacionado aguardando o momento de se aproximar da base aérea para ser desabastecido. O caminhão estava carregado de querosene de aviação e tinha capacidade para 60 mil litros. Antes, porém, que a bomba pudesse explodir, o motorista do caminhão-tanque percebeu a presença do artefato explosivo, retirou-o de perto do veículo e acionou a polícia.

Acesse o PJe1 e confira o processo: 0715721-73.2023.8.07.0001

O NABALANCANF APENAS REPOSTA A NOTÍCIA QUE SE FEZ PÚBLICA SEM TECER QUALQUER COMENTÁRIO A RESPEITO DA MATÉRIA OU SE RESPONSABILIZAR PELA MESMA. TEM O CUNHO MERAMENTE INFORMATIVO.
Fonte
TJDFT

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