Ex-ferroviário, consultor de trânsito, enfermeiro, policial e mesário. Flávio Costa, hoje aposentado, mas longe da inatividade, no auge dos seus 64 anos, afirma que ainda pretende colaborar, por vários anos, com a Justiça Eleitoral “exercendo o ofício de mesário, enquanto tiver boa saúde e capacidade”.
De Bagé, no extremo sul do Rio Grande do Sul, o mesário diz que, desde criança, já tinha a intenção de ajudar nas eleições. “Era um ato democrático, e eu queria estar ali participando. Teve a pandemia, e, durante esse período, recebi a notícia de que não iria ser chamado [para atuar na função], pela idade e por ser grupo de risco. Fui ao cartório eleitoral, conversei com os servidores e a juíza e assinei um termo de responsabilidade para poder trabalhar nas eleições”, conta.
Veja a entrevista no canal do TSE no YouTube.
Antes do sistema eletrônico de votação
São 42 anos servindo a Justiça Eleitoral, antes mesmo de a votação passar a ser realizada por meio da urna eletrônica. Flávio lembra que, com o fim do período do regime militar, ele se alistou como eleitor e, em seguida, já se voluntariou para atuar como mesário.
“Como policial, eu não podia me alistar [naquela época]. No meu primeiro trabalho nas eleições, eu era responsável por carregar a urna até o cartório eleitoral – aquela de lona ainda – e depois voltava para contar os votos, no que era chamado de escrutínio. E ali ficávamos a noite inteira, e, mesmo assim, eu achava aquilo muito interessante. Com a urna eletrônica, agora não precisa mais disso [contar os votos manualmente]”, destaca.
Série Mesários
Esta história faz parte da série Mesários – A Justiça Eleitoral Mora ao Lado. Os textos estão sendo publicados desde fevereiro de 2022, mês em que a Justiça Eleitoral comemorou 90 anos. A ideia é mostrar que a atuação para garantir o processo democrático por meio das eleições só é possível graças às mesárias e aos mesários que participam ativamente do processo eleitoral em todo o país.
TP/LC, DB