Grupo de Trabalho Mulheres Negras e Interseccionalidades visita Quilombo Sacopã

Integrantes do Grupo de Trabalho Mulheres Negras e Interseccionalidades visitaram, nesta quarta-feira, 1° de outubro, o Quilombo Sacopã, no bairro da Lagoa, Zona Sul do Rio de Janeiro, e se reuniram com representantes e lideranças de comunidades quilombolas de todo o estado.

A presidente do GT-Mulheres Negras e Interseccionalidades, desembargadora Adriana Ramos de Mello, esteve presente na reunião e destacou a oportunidade de aproximação entre o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), os quilombos e suas associações, ouvindo de perto as dores e necessidades apresentadas pelas mulheres inseridas nessas comunidades.

“A gente sabe que as mulheres sofrem muito preconceito, discriminação e violência, especificamente as mulheres quilombolas, que precisam de muito apoio do nosso Tribunal. São várias demandas, com ênfase para as questões territoriais, mas também, como os acessos aos serviços básicos de saúde, educação e o próprio acesso à Justiça. A partir do que nós ouvimos, vamos poder construir políticas públicas que sejam antirracistas e levem em conta as especificidades das pessoas quilombolas.”

Durante a reunião, também foram debatidas oportunidades de atuação conjunta entre o TJRJ e as associações quilombolas, como a realização de cursos para capacitação de lideranças e a priorização de processos que tramitam no Judiciário Fluminense, com base na Resolução 599/2024 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

A presidente da Associação das Comunidades Quilombolas do Estado do Rio de Janeiro (ACQUILERJ), Ana Beatriz Nunes, falou sobre o momento marcante de colaboração entre o TJRJ e as associações. “Nós estamos sentadas com representantes do Tribunal de Justiça do Rio, isso já nos dá uma certa segurança. Temos uma desembargadora ouvindo mulheres quilombolas. Quando conseguimos chegar a esse lugar e dialogar, estamos avançando muito, porque antes havia um distanciamento muito complicado. Essa relação está revolucionando a nossa história”.

Além da reunião, a atividade contou com a distribuição de cartilhas com orientações sobre violência doméstica e a Lei Maria da Penha.

O Quilombo Sacopã

Com uma visão privilegiada para o Cristo Redentor, o Quilombo Sacopã foi constituído em 1929 pelos avós da Família Pinto, em uma área que ocupa cerca de 18,8 mil m² e é cercada por muita natureza. Atualmente, tem 22 residentes e realiza atividades culturais organizadas pela própria comunidade.

PB*/ MG

*Estagiário sob supervisão

O NABALANCANF APENAS REPOSTA A NOTÍCIA QUE SE FEZ PÚBLICA SEM TECER QUALQUER COMENTÁRIO A RESPEITO DA MATÉRIA OU SE RESPONSABILIZAR PELA MESMA. TEM O CUNHO MERAMENTE INFORMATIVO.
Fonte
TJRJ

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